Lagoa Rodrigo de Freitas: Uma Discussão Centenária - Victor Coelho

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Uma atualizada e detalhada compilação de estudos e projetos realizados com a intenção de melhorar a qualidade das águas da Lagoa, cartão-postal da Zona Sul e patrimônio físico, social e cultural do Rio de Janeiro.

Ao ler o livro – escrito com rigor técnico, mas em linguagem acessível -,  você vai descobrir os motivos de ainda não ter sido encontrada uma solução viável e definitiva para o problema da poluição na Lagoa Rodrigo de Freitas e compreender o porquê da discussão ter se prolongado por todo o século XX e ainda estar em aberto.

Conheça o Autor

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autor

Victor Coelho

É engenheiro civil formado em 1964 pela Escola Nacional de Engenharia, com aperfeiçoamento em obras hidráulicas. Trabalhou por 28 anos na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), então órgão de controle ambiental do Estado do Rio de Janeiro. Na Feema, foi vice-presidente em 1995 e exerceu a presidência da instituição em 1996. Em sua carreira, aprofundou seus conhecimentos em Poluição Costeira, na Organização Mundial de Saúde em 1972; Modelos Matemáticos, no Manhattan College (NY) em 1975; e Administração Ambiental Superior no Japão em 1980. É autor dos livros ‘Baía de Guanabara: Uma História de Agressão Ambiental’ (2007) e ‘Paraíba do Sul: Um Rio Estratégico’ (2012), editados pela Casa da Palavra, Rio de Janeiro.

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Curiosidades Sobre a Lagoa

A Lagoa recebeu seu nome em homenagem ao militar português Rodrigo de Freitas de Carvalho (1684-1748). Em 1702, com 18 anos, o capitão do exército de Portugal, casou-se com Petronilha Fagundes, então com 35 anos de idade, dona de um latifúndio que englobava terras que depois formaram vários bairros da Zona Sul carioca.

Um destino trágico, entretanto, aguardava pelo capitão: três dos quatro filhos que tivera com Petronilha morreram muito pequenos, ele enfrentou a falência ao ser convocado em 1711 pela Coroa portuguesa a ajudar a pagar o resgate exigido pelos invasores franceses para que o Rio de Janeiro não fosse bombardeado, e ainda ficou viúvo em 1717.

Voltou para Portugal com o único filho, João, então com 13 anos, e concentrou-se na educação do herdeiro e na administração de seus bens, após se recuperar financeiramente arrendando partes da propriedade da Lagoa a várias famílias. Nunca se casou novamente. Morreu em 1748.

É claro que, muito antes da colonização, a Lagoa já tinha outros nomes, dados pelos indígenas que lá habitavam. Alguns registros históricos mostram que, em meados do século XVI, a Lagoa foi chamada de Sacopenapã pela tribo dos Tamoios, significando ‘Caminho/bando de socós’. Outros indicam o nome Piraguá, ou seja, ‘Enseada de peixe’. Mas Sacopenapã também é apontado como o nome original da praia de Copacabana e alguns estudiosos afirmam que o nome quinhentista da Lagoa era mesmo Camambucaba.

 

A Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas é a origem do que hoje é a região que compreende os bairros do Jardim Botânico, Horto, Gávea, Leblon, Ipanema, Lagoa e Fonte da Saudade.

Sua história começa quando a corte portuguesa desembarca no Rio fugindo de Napoleão e, para melhorar as defesas da cidade, decide construir a Real Fábrica de Pólvora e Munição no velho Engenho da Lagoa, rebatizado de Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Dentro da Fazenda Nacional, Dom João VI criou também um Jardim de Aclimação, embrião do atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro, local onde ainda estão de pé o portal da Fábrica e a antiga sede do Engenho, hoje o Museu-Sítio Arqueológico Casa dos Pilões.

 

A árvore de Natal patrocinada por uma empresa de seguros fez parte da paisagem da Lagoa por 19 anos inspirando com suas luzes o espírito natalino em alguns e, em outros, a ira e o mau-humor com os engarrafamentos que causava.

A ‘Árvore de Natal da Lagoa’ foi inaugurada em 1996 com 48 metros e 1,5 milhão de microlâmpadas e rapidamente virou um ponto turístico. Em 2014, a estrutura já media 85 metros e ostentava 3,1 milhões de microlâmpadas.

Em 2015, uma série de infortúnios atrapalhou o brilho da festa: a árvore foi parcialmente destruída por uma ventania, teve a sua estrutura reduzida para 53 metros, o show de inauguração foi cancelado e a reinauguração foi sob chuva. Em julho de 2016, em meio à crise, a empresa patrocinadora avisou a Prefeitura do Rio que não bancaria mais os custos da atração sozinha e anunciou o fim da tradição de quase duas décadas.

Chope gelado e cremoso, delícias da culinária alemã – que estão no cardápio desde a inauguração, em 1934, quando ainda era Bar Berlim – em um ambiente que é uma joia art déco. Assim é o Bar Lagoa, que tem ainda uma agradável varanda às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Umas das estrelas do cardápio de hoje e de sempre é o kassler (bisteca de porco defumada) com salada de batatas. No bar, o autor do livro, Victor Coelho, reunia sua patota para apreciar e refletir sobre a Lagoa.

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A Lagoa fez bonito durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Cenário das provas masculinas e femininas de Remo e Canoagem. Apesar do temor dos organizadores antes da competição, a poluição não foi um problema. Os atletas estrangeiros elogiaram a paisagem, a proximidade com a torcida e não reclamaram da qualidade da água.

Para o Brasil, os grandes momentos de glória foram protagonizados por Isaquias Queiroz dos Santos. O canoísta conquistou três medalhas: prata na Canoa Individual (C1) 1.000m, bronze na Canoa Individual (C1) 200m e prata na Canoa de Dupla (C2) 1.000m, com Erlon de Sousa Silva.

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Cenário das provas masculinas e femininas de Remo e Canoagem, a Lagoa fez bonito durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Apesar do temor dos organizadores antes da competição, a poluição não foi um problema. Os atletas estrangeiros elogiaram a paisagem, a proximidade com a torcida e não reclamaram da qualidade da água.

Para o Brasil, os grandes momentos de glória foram protagonizados por Isaquias Queiroz dos Santos. O canoísta conquistou três medalhas: prata na Canoa Individual (C1) 1.000m, bronze na Canoa Individual (C1) 200m e prata na Canoa de Dupla (C2) 1.000m, com Erlon de Sousa Silva.

A Lagoa é um dos mais bonitos cartões-postais do Rio de Janeiro e passeio obrigatório para quem visita ou mora na Cidade Maravilhosa. O site Visit.Rio , da Riotur, oferece fotos e informações para quem quer conhecer melhor e aproveitar essa incrível área de lazer.

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